Perguntas Frequentes
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Eu te convido para um mergulho simbólico na criação do mundo, da galáxia e do sistema solar, explorando não apenas a ordem dos planetas, mas também os sentidos que projetamos sobre eles.
A beleza e a ameaça dos cometas, meteoros e asteroides podem ser lidos como metáforas dos riscos internos que carregamos, de colisões possíveis com aquilo que rejeitamos em nós mesmos.
A passagem de visitantes interestelares como Oumuamua, Borisov, 3I
Atlas e C 2025 R2 SWAN, à primeira vista apenas cometas, nos faz
pensar em conteúdos inesperados do inconsciente que surgem sem
convite.
Se um desses visitantes, reais ou simbólicos, trouxer
ameaça ao nosso mundo psíquico, estaremos prontos para nos defender
ou seria necessário compreender antes de atacar?
Qual seria o
impacto emocional e coletivo diante de uma notícia que colocasse em
risco a própria ideia de segurança?
No princípio, antes mesmo do primeiro olhar humano se erguer para o céu, a Via Láctea já girava em sua majestade silenciosa.
Nossa galáxia nasceu do colapso de imensas nuvens de gás e poeira, numa longa gestação que pode ser vista como o inconsciente do universo, formando o disco espiral que hoje abriga bilhões de estrelas.
Entre elas, uma estrela comum, mas essencial para nossa existência: o Sol.
Ao seu redor, o sistema solar se organizou como uma psiquê em ordem, cada planeta simbolizando uma face da experiência humana.
O planeta Mercúrio, abrasado pela proximidade do Sol, evoca a intensidade das emoções imediatas, quase sem filtros.
O planeta Vênus, belo mas tóxico, lembra a sedução que pode esconder riscos mortais.
Nosso planeta, a Terra, o oásis azul, surge como a metáfora da vida possível, onde os afetos se desenvolvem.
O Planeta Marte, vizinho avermelhado, carrega memórias de fluxos que já não existem mais, como traumas de um passado que insiste em deixar marcas.
Mais além, os gigantes surgem como representações daquilo que excede nosso controle.
Planta Júpiter, o senhor das tempestades, remete às forças protetoras e destrutivas do superego.
Planeta Saturno, coroado de anéis, lembra os limites e a estrutura, aquilo que molda nossa experiência psíquica.
Planeta Urano, inclinado, evoca o estranho, o não assimilado.
Planeta Netuno, guardião azul distante, simboliza o mistério e a dissolução do eu em algo maior. Entre esses mundos, as luas e os cinturões de asteroides revelam que o inconsciente nunca é estático, mas um teatro em movimento constante.
Cometas e asteroides entram nesse palco como lembranças súbitas, conteúdos recalcados que emergem com intensidade.
O Cometa Halley, que retorna ciclicamente, pode ser lido como a repetição de sintomas que atravessam gerações.
Civilizações o viram e projetaram sobre ele medos e esperanças, mostrando como o ser humano dá sentido ao indomável.
Outros cometas, igualmente, aparecem como lampejos de memórias do tempo primordial, recordações do que nunca foi plenamente simbolizado.
Asteroides percorrem o espaço como fragmentos silenciosos, tal qual partes de nós que vagam anos sem serem reconhecidas.
Meteoros, quando entram na atmosfera, queimam como impulsos que se tornam visíveis, rastros luminosos que encantam mas lembram também o perigo de impactos destrutivos.
A memória da Terra guarda cicatrizes de encontros violentos, como a extinção dos dinossauros, que pode ser vista como a marca psíquica de eventos traumáticos.
Mas o universo é maior que nosso quintal solar.
Em 2017, um visitante chamado Oumuamua atravessou nossas fronteiras.
Seu formato enigmático e trajetória inesperada questionaram nossas classificações, assim como certos fenômenos psíquicos que não se enquadram nas categorias conhecidas.
Era cometa? Asteroide? Ou algo que escapa à nossa compreensão?
A ciência não respondeu, como muitas vezes a análise deixa questões abertas, permitindo que o mistério permaneça.
Logo após, em 2019, veio Borisov, claramente identificado como cometa, mas de outro sistema estelar.
Ele trouxe sinais de um lugar distante, como conteúdos vindos de uma alteridade radical.
Em 2025, o 3I Atlas foi descoberto, intrigando pela sua dimensão e despertando fantasias.
Seria apenas um cometa ou uma mensagem de algo maior?
E logo em seguida, o C 2025 R2 SWAN também se aproximou, sua cauda imensa como a ampliação de um enigma que nos obriga a lidar com o desconhecido.
Cada visitante interestelar pode ser pensado como uma carta enviada pelo inconsciente cósmico. Fragmentos de histórias que jamais conheceremos em sua totalidade.
E diante deles, a pergunta é inevitável.
Se um deles estiver em rota de colisão, como reagiremos?
Com medo, desespero, entregando-nos a fantasias de salvação divina?
Ou buscando compreender o que está em jogo antes de agir?
A missão DART da NASA, que desviou um asteroide, pode ser vista como metáfora do primeiro passo da humanidade em lidar com suas próprias ameaças internas.
Uma defesa possível, mas ainda inicial diante da magnitude do risco.
O dilema humano permanece.
Atacar o desconhecido de imediato ou aprender com ele, escutando suas mensagens implícitas? Pois, se aquilo que julgamos ser apenas pedra e gelo fosse uma forma de comunicação, destruí-lo sem escutar seria perder uma oportunidade única.
O céu guarda maravilhas e perigos.
Somos frágeis diante da vastidão, mas mesmo assim olhamos para cima.
Observamos, registramos e perguntamos.
Cada corpo errante é um lembrete de que fazemos parte de algo maior, infinito e misterioso.
A defesa ainda é incipiente, a comunicação um sonho, mas a busca é eterna.
Se você gostou desta reflexão e deseja mergulhar mais fundo nas conexões entre cosmos e psiquê, siga este blog.
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