Por Que Eu Faço Isso Comigo?


Quando Repetimos o Que Nos Machuca.

Talvez você já tenha se perguntado isso mais de uma vez.
A cena se repete.

você sabe que algo não vai te fazer bem, você já viveu essa história antes… e, ainda assim, quando vê, está lá outra vez.

Pode ser um relacionamento que machuca, uma escolha que te prende ou até uma palavra que você solta e depois se arrepende.

E aí vem aquela sensação de raiva de si mesmo, aquela voz interna dizendo.
“Eu sabia, eu não aprendo nunca”.

Mas deixa eu te dizer uma coisa.

O fato de você repetir algo que te machuca não significa que você é fraco, que não tem força de vontade ou que está “estragado” por dentro.

Não significa que “não tem jeito”.

Na verdade, isso mostra que dentro de você existem histórias, lembranças, emoções e até feridas que às vezes tomam o volante antes mesmo que você perceba.

É como se houvesse uma parte sua que conhece certos caminhos tão bem que, sem pensar, te coloca neles de novo.

O problema é que esses caminhos, mesmo sendo conhecidos, podem estar cheios de buracos.

E você já tropeçou neles antes.
Mas por que a gente volta?

Porque o que é familiar, por mais doloroso que seja, dá uma sensação estranha de segurança.

O novo é incerto, e o incerto dá medo.

É como preferir uma estrada velha e esburacada porque sabe onde pisar, ao invés de se arriscar numa estrada nova que você não conhece.

E aqui vem o ponto mais importante.
Não é porque você percorreu essa estrada muitas vezes que ela é a única que existe.
Existem outros caminhos.

E, sim, é possível chegar a eles.

O primeiro passo não é se culpar.

Culpa só te prende mais no mesmo lugar.
O primeiro passo é se ouvir.
Prestar atenção nos momentos em que você está no automático.
Perceber as situações em que você diz.

“Não sei por que fiz isso”.
E, ao invés de se encher de críticas, perguntar.

“O que dentro de mim me levou a agir assim?”.

Quando você começa a se escutar com honestidade, sem pressa e sem violência, coisas sutis começam a acontecer.

Você começa a notar pequenas escolhas que antes passavam despercebidas.
Um convite que você recusa porque percebe que não quer se colocar naquela situação outra vez.

Uma conversa que você encerra antes que vire briga.
Um passo que você deixa de dar porque reconhece o buraco à frente.

Mudar não significa se tornar outra pessoa do dia para a noite.

É um processo que envolve reconhecer o que você sente, até mesmo as partes que parecem estar fora do seu controle.

E, com o tempo, essas partes começam a se transformar.
Não porque você forçou, mas porque aprendeu a prestar atenção nelas, a lidar com elas de forma diferente.

Talvez hoje, para você, a mudança pareça um sonho distante.
Talvez você até tenha tentado outras vezes e desistido no meio do caminho.
Mas quero que guarde isso.

o que você viveu até agora não define tudo o que você pode viver.
A vida não é feita só de repetições, 
ela também é feita de escolhas.

E mesmo que no começo elas sejam pequenas, elas já são sinais de que algo novo pode acontecer.

E, aos poucos, sem você perceber, esses passos pequenos se juntam.

E quando você olha para trás, vê que já está andando por uma estrada diferente daquela de antes.

Ela pode não ser perfeita, pode ter suas pedras e curvas, mas é nova.

E o mais importante: é sua.


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